quarta-feira, 23 de novembro de 2011

A Pobreza em Abundância

A abundância material atingiu níveis históricos, mas estão aumentando as filas dos sem-teto, dos desempregados e dos famintos nas nações mais ricas. A pobreza não é apenas uma questão de não se ter rendimentos suficientes, mas também de ser privado das oportunidades de participar e de contribuir para a vida de uma comunidade.
A extensão da pobreza humana pouco tem a ver com o nível médio das rendas, pois um determinado país pode apresentem rendas médias semelhantes a um outro, mesmo que um deles tenha quase o dobro de percentagem de pessoas que vivem na pobreza do que o outro. Embora encontre alguns países da Europa e da América do Norte industrializados, que atingiram a escolarização total e tidos como alfabetizados, revelam tão baixos níveis de competência que em muitos casos não conseguem corresponder às exigências básicas de leitura numa sociedade moderna.
Os países adotam caminhos muito diferentes quanto à elaboração de políticas a seguir, mas aqueles que têm conseguido reduzir as disparidades têm seguido uma linha consciente que se propõe atingir uma distribuição equitativa dos benefícios do progresso. Estas políticas visam assegurar maior equidade no acesso à educação, aos serviços de saúde e ao rendimento mínimo indispensável para evitar a exclusão da comunidade em que se vive.
Todos os anos, desde 1990, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento encomenda a preparação do Relatório do Desenvolvimento Humano a uma equipe independente de especialistas, com o objetivo de proporcionar a análise de questões importantes e de interesse mundial. O Relatório não se restringe à análise da renda per capita para medir o progresso humano, avalia igualmente indicadores como a esperança média de vida, a alfabetização e o bem-estar geral de suas sociedades. Sustenta que o desenvolvimento humano é, definitivamente, um processo de ampliação das opções das pessoas. Este sistema de avaliação revela a existência de privações humanas de analfabetismo, com baixas rendas e a exclusão da vida social.
As oportunidades das pessoas quanto ao consumo de bens e de serviços nos países ricos e nos países pobres têm um consumo desigual entre esses países; o impacto do excesso de consumo e do desperdício sobre o ambiente geralmente feito pela população das nações mais ricas; as pressões sociais de incitamento ao consumo e a carência de políticas destinadas a apoiar novos padrões de consumo que satisfaçam as necessidades básicas de todos, ou seja, não fazer com que boa parte da população se endivide sem condições de pagar e sequencialmente comprometida, não deveriam comprometer o bem-estar da população e que sejam ambientalmente sustentáveis.

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