Devido ao crescimento populacional, ao desenvolvimento econômico, industrial,
tecnólogico e em diversos setores de determinadas cidades, existe um processo
conhecido por “metropolização” que implica na transição destas para metrópoles que
devem ter mais de 1 milhão de habitantes. Este fenômeno tem ocorrido em vários
países, principalmente a partir do século XX, e no Brasil não foi diferente.
Segundo Adriana Bernardes, até meados dos anos 60, o Brasil tinha apenas
duas metrópolis, o Rio de Janeiro e São Paulo; contudo, o êxodo rural provocado pela
mecanização da agricultura fez com que muitos habitantes da zona rural, que eram
atraídos pelas novas oportunidades que surgiam nas indústrias, migrassem para as
grandes cidades em busca de emprego e melhores condições dando início ao processo
de metropolização brasileira.
A partir de então, Adriana B. afirma que na segunda metade da década de 70 já
contava-se com mais sete novas regiões metropolitanas que se estabeleceram ao redor
das mais novas metópolis: Belém, Salvador, Recife, Fortaleza, Belo Horizonte, Porto
Alegre e Curitiba. Atualmente, o Brasil conta também com “cidades milionárias” que
concentram grandes parcelas da população urbana nacional; entre estas estão Brasília,
Manaus, Goiânia ect.
A metropolização, apesar de ser um processo que reflete o desenvolvimento
em vários níveis, traz consigo diversos problemas estruturais e sociais para as grandes
cidades/metrópoles. Existe uma alta densidade demográfica nas regiões metropolitanas
e nem sempre há infra estrutura para acolher um número tão alto de habitantes. Isso
se dá devido à velocidade com que se dão os fluxos migratórios e nem sempre há
condições reais para tanto.
Muitas das pessoas que buscam melhores condições e empregos nas grandes
cidades, por diversos motivos, têm que ser abrigadas nas periferias, as vezes passam a
viver em condições piores do que as que tinham antes, e nem sempre encontram o que
haviam imaginado. Problemas como falta de segurança pública, falta de moradia, falta
de educação de qualidade, dificuldade no acesso a bons empregos etc, não são raros
neste tipo de cidade.
A metropolização, para ser benéfica à maioria da população, deve ocorrer
se junto a ela houver programas que preparem a estrutura física das cidades; isto
compreende moradias, saneamento básico, ensino público de qualidade, promoção da
segurança pública, água, energia elétrica e cursos profissionalizantes pois, não adianta
ter empregos se não houver meios de formar profissionais capacitados para tal.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
BERNARDES, Adriana. Metropolização. Disponível em:
Acesso em: 01 dez. 2011
sexta-feira, 2 de dezembro de 2011
Metropolização
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